61 iniciativas parlamentares encontradas com a palavra-chave igualdade
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O Projeto de Lei 184/XVII/1, apresentado pelo PCP, visa facilitar a conciliação entre a vida profissional e familiar dos pais que têm filhos menores com deficiência, doença crónica ou oncológica. Propõe melhorias nos horários e nos regimes de trabalho desses trabalhadores, garantindo redução do tempo de trabalho e flexibilidade para acompanhar os filhos que necessitam de cuidados especiais. Desta forma, pretende assegurar apoio adequado às crianças nestas condições, promovendo o bem-estar familiar e ajustando o trabalho às necessidades dos pais.

O Projeto de Lei 189/XVII/1 propõe criar incentivos para que as empresas apoiem os seus trabalhadores pagando despesas de creche ou pré-escolar dos seus filhos. Para isso, altera o Código do IRC para que estas despesas sejam dedutíveis, tornando este apoio mais atractivo para as empresas. O objetivo é ajudar as famílias a equilibrar as suas finanças, facilitar o acesso à educação precoce e promover a igualdade de género, ao evitar que os pais tenham de abandonar o emprego para cuidar dos filhos.

O Projeto de Lei 191/XVII/1 propõe garantir aos trabalhadores do setor privado o direito ao pagamento do subsídio de refeição, atualmente assegurado apenas aos funcionários públicos. O valor do subsídio será pelo menos igual ao fixado para a administração pública e pode ser pago em dinheiro, vales ou cartões, conforme a escolha do trabalhador. Esta medida visa combater a precariedade e aumentar os direitos laborais, beneficiando cerca de 1,7 milhões de trabalhadores que hoje não têm este benefício garantido por lei.

O Projeto de Lei 176/XVII/1 propõe alargar a licença parental inicial para 180 dias, com remuneração total, independentemente de como os pais partilhem esse tempo. A ideia é garantir que ambos, mãe e pai, tenham o mesmo período de licença exclusiva, promovendo a igualdade e o envolvimento equilibrado dos pais. Esta medida apoia principalmente famílias com menos recursos, permitindo que cuidem melhor dos bebés sem perder rendimento. Além disso, ajuda a aumentar a amamentação exclusiva até aos seis meses, melhora a saúde materno-infantil, fomenta a igualdade de género e facilita a conciliação entre trabalho e família. O projeto visa assegurar que todas as crianças tenham um início de vida mais saudável, protegendo os direitos das famílias e promovendo uma sociedade mais justa e sustentável.
Este projeto de lei, apresentado pela deputada Mariana Mortágua do Bloco de Esquerda, propõe acabar com as propinas nos cursos do 1.º ciclo, nos cursos técnicos superiores profissionais e nos mestrados integrados do ensino superior público em Portugal. Para os cursos de mestrado e doutoramento, estabelece um limite máximo para as propinas equivalente a um salário mínimo nacional. O objetivo é promover a gratuitidade do ensino superior, facilitando o acesso e combatendo o endividamento dos estudantes. Esta proposta pretende ainda proibir taxas abusivas e assegurar que o não pagamento de propinas não impeça a emissão de diplomas. Com esta iniciativa, pretende-se tornar o ensino superior mais justo e acessível para todos os estudantes, especialmente para aqueles de famílias com menos recursos.

O Projeto de Lei 174/XVII/1 propõe a criação do Provedor da Criança, uma entidade autónoma junto da Provedoria de Justiça. O objetivo é garantir a defesa e promoção dos direitos das crianças e jovens, em linha com convenções internacionais e europeias. Esta figura terá competências para investigar violações, receber queixas, emitir recomendações e acompanhar a aplicação da legislação sobre direitos das crianças. Assim, Portugal fortalecerá a proteção dos direitos infantis, assegurando uma resposta independente e dedicada às questões da infância.

O Projeto de Resolução 237/XVII/1 propõe acabar com as desigualdades na contagem do tempo de serviço dos professores. O objetivo é garantir que todos os docentes tenham o tempo de serviço corretamente contabilizado, evitando que professores com mais anos de trabalho sejam ultrapassados na carreira por colegas com menos tempo. Esta situação provoca injustiças e desmotivação. A proposta recomenda ao Governo rever os critérios de reposicionamento na carreira para corrigir estas desigualdades, assegurando uma contagem justa do tempo de serviço.

O Projeto de Resolução 226/XVII recomenda ao Governo a criação de um grupo de recrutamento específico para Ciências Sociais, destinado a formar profissionais qualificados para lecionar disciplinas como Cidadania e Desenvolvimento, Direito, Psicologia e Sociologia no ensino básico e secundário. O objetivo é garantir professores melhor preparados, especialmente para a disciplina de Cidadania, que enfrenta mudanças curriculares controversas. Além disso, propõe formação específica para docentes em temas como direitos humanos e saúde sexual. Esta medida visa melhorar a qualidade do ensino e assegurar que os alunos recebam uma educação completa e atualizada.

O Projeto de Resolução 227/XVII/1 recomenda ao Governo que condene o uso de símbolos ligados à agressão russa contra a Ucrânia, como a fita de São Jorge e as letras “Z” e “V”, devido ao seu uso como propaganda de guerra e intimidação. Propõe também campanhas para sensibilizar a população sobre o significado destes símbolos e os riscos da sua utilização sem crítica. Além disso, sugere o reforço do apoio à comunidade ucraniana em Portugal para proteger estas pessoas de provocações, intimidações ou discursos de ódio, garantindo intervenção das autoridades quando necessário.

O Projeto de Lei 159/XVII/1 propõe a criação do Estatuto do Estudante do Ensino Superior em Portugal. O objetivo é uniformizar os direitos e deveres dos estudantes nas instituições de ensino superior, corrigindo desigualdades e dispersão legislativa atual. Destaca-se a clarificação dos estatutos de trabalhador-estudante e atleta de alto rendimento, o reconhecimento de direitos para estudantes em mobilidade, bombeiros ou com menores a seu cargo, e a implementação de medidas contra o assédio no meio académico. A iniciativa visa garantir igualdade, apoio adequado e segurança a todos os estudantes, promovendo um ambiente académico mais justo e inclusivo.


O Projeto de Lei 157/XVII/1, proposto pela deputada Inês de Sousa Real do PAN, visa fortalecer a proteção das trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes contra despedimentos em Portugal. A proposta torna obrigatório o parecer prévio da entidade de igualdade de género (CITE) para validar qualquer despedimento dessas trabalhadoras ou a não renovação dos seus contratos, impedindo o despedimento tácito por falta de resposta da CITE. Além disso, promove a igualdade parental estendendo direitos de dispensa a ambos os pais, incluindo futuros pais e mães em casos de procriação medicamente assistida. Esta iniciativa visa assegurar maior segurança no emprego para mulheres grávidas e incentivar a igualdade nas responsabilidades parentais, beneficiando famílias e promovendo práticas laborais mais justas.


Esta proposta de lei visa atribuir aos trabalhadores da administração central que exercem funções na Região Autónoma da Madeira o subsídio de insularidade, um suplemento já concedido aos trabalhadores das administrações regional e local. O objetivo é corrigir uma desigualdade existente, pois estes trabalhadores da administração central atualmente não recebem este apoio apesar do custo de vida elevado na Madeira. A medida promove a justiça social e a igualdade entre trabalhadores públicos, assumindo um impacto financeiro que será suportado pelo Orçamento do Estado a partir de 2026.
O Projeto de Resolução 194/XVII/1, apresentado pela Iniciativa Liberal, defende a comunidade Bahá'í no Irão, que enfrenta perseguição e violações dos direitos humanos pelo regime iraniano. A iniciativa condena detenções arbitrárias e abusos, especialmente contra mulheres Bahá'ís, e destaca o caso grave da presa política Mahvash Sabet. O projeto propõe que Portugal condene publicamente estas violações, apoie investigações internacionais e promova sanções da União Europeia contra responsáveis iranianos. O objetivo é reforçar a proteção dos direitos humanos e a liberdade religiosa desta minoria perseguida.

O Projeto de Lei 126/XVII/1, apresentado pelo grupo parlamentar CHEGA, propõe que o Estado assegure a nomeação imediata de um advogado (patrono) para vítimas especialmente vulneráveis, nomeadamente vítimas de violência doméstica. O objetivo é garantir que estas vítimas recebam apoio jurídico imediato, ajudando-as a fazer valer os seus direitos, escolher medidas de proteção adequadas, e participar eficazmente no processo judicial. Esta medida visa evitar que vítimas fiquem desamparadas e reforçar o acompanhamento legal desde o primeiro momento, tendo um impacto direto na proteção e no acesso à justiça para quem sofre violência doméstica.


Esta proposta de lei altera a Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. O objetivo é facilitar o voto das pessoas com deficiência visual, disponibilizando matrizes em braille dos boletins de voto, para que possam votar de forma autónoma e secreta sem ajuda de terceiros. Além disso, reforça a igualdade de género, aumentando a representação mínima de cada sexo nas listas de candidatos de 33% para 40%. Esta medida promove uma eleição mais inclusiva e igualitária, alinhando-se com as regras em vigor nos restantes atos eleitorais em Portugal.

O Projeto de Lei 118/XVII/1, proposto pelo grupo parlamentar do Chega, visa alargar a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) na compra de habitação própria e permanente. Esta medida surge como resposta à grave crise habitacional em Portugal, onde os preços das casas têm subido muito acima dos rendimentos da maioria das famílias, dificultando o acesso à primeira casa especialmente para os jovens e casais com rendimentos médios. Ao aumentar o limite de valor para a isenção do IMT, a proposta pretende reduzir os custos fiscais na aquisição de habitação, facilitando o acesso dos cidadãos à casa própria e contribuindo para combater a exclusão social e a mobilidade residencial forçada para zonas periféricas. Se aprovado, este projeto poderá ajudar a tornar a habitação mais acessível e reduzir o peso dos impostos para quem compra casa pela primeira vez.


Este projeto de resolução promove os direitos das mulheres durante a gravidez e o parto, destacando a necessidade de respeito, humanização e prevenção da violência obstétrica. Propõe a regulamentação da Lei n.º 33/2025 e a criação de uma Comissão Multidisciplinar para assegurar o cumprimento desses direitos. O objetivo é melhorar os cuidados de saúde materna e garantir que as mulheres sejam tratadas com dignidade e informação adequada em todo o processo.

Este projeto de lei proposto pelo PAN pretende reforçar os direitos das mulheres durante o parto e o internamento no puerpério, garantindo que possam ser acompanhadas pelo pai, outra mãe ou pessoa próxima durante todo o período de internamento, incluindo fora do horário de visitas e à noite, salvo razões clínicas. Além disso, visa proteger jovens com cancro que fazem 18 anos durante o internamento, permitindo que mantenham o acompanhamento familiar pelo tempo necessário, facilitando a transição dos serviços pediátricos para os de adultos. Estas medidas promovem a igualdade de género na parentalidade e protegem os direitos dos jovens doentes, melhorando o apoio emocional e social nestes momentos delicados.

Este projeto de resolução propõe que as apólices de seguros multirriscos habitação em Portugal incluam, a partir de 2026, a cobertura das despesas com o realojamento de emergência para vítimas de violência doméstica e seus filhos. O objetivo é ajudar quem sofre violência a encontrar rapidamente um lugar seguro para viver, tal como acontece em casos de incêndios ou inundações. Assim, pretende-se minimizar as dificuldades que estas vítimas enfrentam para sair de situações abusivas, oferecendo-lhes proteção e apoio financeiro num momento crítico.

Este projeto de lei, apresentado pelo grupo parlamentar CHEGA, propõe alterar a lei penal para reforçar a proteção das vítimas de crimes sexuais, especialmente no crime de violação. A principal mudança é tornar este crime de natureza pública, ou seja, não dependerá apenas da queixa da vítima para ser investigado, facilitando a denúncia e o processo judicial. Além disso, prevê medidas para evitar a revitimização das vítimas, como permitir a suspensão provisória do processo a pedido da vítima, garantir que a vítima possa escolher o género da pessoa que realiza exames médicos e permitir que o depoimento da vítima seja recolhido para memória futura, evitando múltiplos interrogatórios traumatizantes. O objetivo é aumentar a proteção legal, melhorar o acesso à justiça e reduzir o impacto psicológico sobre as vítimas.
