Um ataque devastador com míssil russo a uma instituição educacional na cidade portuária ucraniana de Odesa resultou na morte de pelo menos cinco pessoas e deixou 32 feridos, numa segunda-feira trágica. O ataque ocorreu num popular parque à beira-mar, atingindo diretamente a prestigiada academia de direito privada.
Oleh Kiper, governador regional, relatou através da aplicação de mensagens Telegram que, além das vítimas fatais, um homem sofreu um AVC fatal atribuído ao impacto do míssil. Entre os feridos, oito encontram-se em estado grave, incluindo uma criança de quatro anos, outra criança e uma mulher grávida.
As imagens divulgadas pela Reuters Television mostraram o edifício ornamentado com o telhado praticamente destruído após o impacto do míssil, enquanto bombeiros combatiam focos de incêndio ainda ativos. “Monstros. Bestas. Selvagens. Escumalha. Não sei mais o que dizer,” declarou Hennadii Trukhanov, o autarca de Odesa, num vídeo partilhado no Telegram, visivelmente abalado pelo ataque. “As pessoas estão a passear junto ao mar e são alvejadas e mortas,” acrescentou.
Fotos postadas online mais cedo mostravam o edifício em chamas e uma coluna de fumo elevando-se. Vídeos não verificados imediatamente exibiam pessoas sendo tratadas nas ruas, rodeadas por poças de sangue, e oficiais examinando partes de um míssil.
Maria, uma estudante da academia, descreveu ao Reuters a cena horrível: “À minha frente, um míssil foi abatido. Isso aconteceu mesmo diante de mim. Minhas portas foram arrombadas e o vidro estremecia. E então eu vi isso,” disse ela, apontando para o edifício em chamas.
Dmytro Pletenchuk, porta-voz da marinha ucraniana, afirmou num canal militar do Telegram que o ataque foi realizado com um míssil balístico Iskander-M, equipado com uma ogiva de fragmentação. A emissora pública Suspilne informou que o presidente da academia, Serhiy Kivalov, um ex-membro proeminente do parlamento, estava entre os feridos.
Este trágico evento não só ressalta a severidade dos confrontos na região de Avdeyevka, mas também evidencia o uso de equipamento militar sofisticado e letal no conflito ucraniano, tendo agora repercussões profundas tanto a nível local como internacional.