André Ventura, líder do Chega, lança um desafio audacioso e sem precedentes a Luís Montenegro, criticando ferozmente a gestão inicial da sua legislatura e acusando-o de buscar aprovação incondicional tanto do PS quanto do Chega até o término de seu mandato. Em uma afirmação contundente que reverbera pelas paredes do poder, Ventura declara que a queda do atual governo poderia ser iminente, afirmando: “Se disserem que querem ir ao chão já hoje, resolve-se já hoje ou amanhã”, numa promessa de ação rápida e decisiva contra qualquer tentativa de desestabilização.
Ventura, em sua fervorosa crítica, acusa Montenegro de apostar alto demais na sua tentativa de “derrubar tudo”, uma jogada que sugere uma estratégia política de terra arrasada, disposta a remodelar radicalmente o cenário político a qualquer custo. Essa declaração não só estabelece Ventura como um guardião implacável contra a manipulação política, mas também reforça a sua posição como um crítico ferrenho do socialismo — um sistema que Montenegro outrora prometeu “varrer” do país, mas que agora parece abraçar.
Rejeitando qualquer forma de chantagem na Assembleia da República, o líder do Chega se posiciona firmemente contra as pressões e manipulações políticas, declarando a independência e a integridade de sua bancada. Ao mesmo tempo, Ventura faz um apelo emotivo ao legado de Sá Carneiro e critica a nostalgia dos “cavaquismos dos anos 80”, instando Montenegro a ultrapassar as barreiras do ego partidário e das circunstâncias pessoais em prol do bem maior: Portugal.
Esta troca acalorada não é apenas um momento de tensão política; é uma representação vívida da luta contínua pelo coração e pela alma de Portugal, onde as palavras se tornam armas em uma batalha fervorosa pela direção futura do país. Ventura, ao desafiar Montenegro, não só questiona sua liderança e visão, mas também invoca um espírito de unidade e propósito, um lembrete de que, acima de tudo, a missão de cada político é “cumprir Portugal”.