Em um encontro que acabou por desapontar muitos, os sindicatos da Polícia de Segurança Pública saíram da reunião com a Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, sem ver a “luz ao fundo do túnel”. O encontro, que aconteceu esta segunda-feira e contou com a presença de representantes de seis sindicatos, tinha como foco discutir questões cruciais como o suplemento de missão para os oficiais, uma pauta que tem gerado crescente insatisfação entre as forças de segurança.
Bruno Pereira, porta-voz da plataforma que reúne os sindicatos da PSP e associações da GNR, expressou uma melhoria em relação a encontros anteriores, mas ressaltou que ainda estão longe de uma solução concreta. “Esta reunião foi mais esclarecedora e clarificadora do que a anterior. Saímos mais satisfeitos, mas mesmo assim ficou muito aquém de se ver uma luz ao fundo do túnel e vermos uma solução final,” declarou Pereira, indicando um misto de esperança e ceticismo.
A ministra Margarida Blasco prometeu que o governo apresentará uma proposta concreta no dia 2 de maio, visando finalmente resolver a questão do suplemento de missão, essencial para garantir a paridade com outros corpos de segurança como a Polícia Judiciária. A falta deste suplemento tem sido apontada como uma fonte de injustiça criada pelo governo anterior, algo que Pereira descreve como um “virar de página” necessário.
A reunião, parte de uma série de consultas com diferentes associações socioprofissionais, incluindo a Guarda Nacional Republicana, reflete os esforços do governo para apaziguar as tensões e corrigir as desigualdades enfrentadas pelos profissionais de segurança pública. No entanto, o resultado ainda deixa a desejar, e os olhos estão voltados para o início de maio, quando se espera que promessas se transformem em ações concretas.