Numa revelação bombástica que abala as estruturas do poder em Portugal, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) lança acusações graves contra a Presidência da República. O relatório explosivo aponta que a cúpula do país interferiu diretamente na investigação do caso das irmãs luso-brasileiras, envolvidas num tratamento médico avaliado em astronómicos quatro milhões de euros. Este caso, que mais parece saído de um thriller político, destaca a manipulação de processos e a pressão exercida para favorecer o acesso a um medicamento revolucionário, desafiando todas as normas estabelecidas.
O jornal “Expresso” traz à tona a forma como a Presidência jogou suas cartas, mostrando relutância em compartilhar documentos cruciais, o que, por sua vez, desviou o rumo das investigações. A trama adensa-se com a figura de Nuno Rebelo de Sousa, apontado como o articulador que, em nome do pai, pressionou tanto a equipe de Belém quanto o ex-secretário de Estado, num claro abuso de poder e influência.
Em resposta a este escândalo de proporções nacionais, André Ventura, líder do Chega, promete não deixar pedra sobre pedra, anunciando uma Comissão Parlamentar de Inquérito para desvendar os meandros deste caso. Ventura critica abertamente o sistema, sublinhando a falha gritante no acesso ao tratamento que não seguiu as diretrizes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa clara violação das regras em benefício de poucos.
Este caso, inicialmente trazido à luz pela TVI e ainda sob a lupa da Procuradoria-Geral da República (PGR), revela não apenas uma exceção às regras, mas um sintoma de um problema muito maior no coração da governação portuguesa. Uma auditoria interna do Hospital Santa Maria já havia sinalizado irregularidades, mas agora, com as acusações da IGAS, o caso das gémeas transforma-se num verdadeiro thriller político, expondo as fragilidades e os jogos de poder que operam nas sombras do Estado Português.