A Defesa Civil palestiniana, controlada pelo Hamas, revelou que mais de dez mil pessoas ainda se encontram desaparecidas sob os escombros de centenas de edifícios destruídos desde o início da ofensiva. Este número alarmante não está incluído nas estatísticas oficiais de ‘mártires’ divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza, que já contabiliza mais de 44 mil mortos.
A situação é descrita como extremamente grave, com as equipas de resgate a enfrentarem sérias limitações de recursos. “Continuamos a cumprir o nosso dever humanitário face à agressão contínua e às graves carências, especialmente em termos de equipamento, veículos e maquinaria necessários para procurar os desaparecidos”, afirmou um porta-voz da Defesa Civil, segundo o jornal palestiniano Filastin.
Os esforços de resgate são descritos como insuficientes devido à falta de maquinaria pesada, levando os voluntários a utilizarem “as próprias mãos” para tentar recuperar corpos e sobreviventes. A Defesa Civil alertou também para riscos de saúde pública crescentes, com a aproximação do verão e o aumento das temperaturas, que podem acelerar a decomposição dos corpos e fomentar a propagação de doenças e epidemias.
O apelo foi renovado para que se permita a entrada de equipamento pesado e outros recursos necessários para auxiliar as equipas no terreno. Horas antes deste anúncio, o Ministério da Saúde de Gaza já tinha reportado mais de 34.500 mortos e 77.770 feridos devido aos bombardeamentos israelitas, sublinhando a dimensão catastrófica da situação em Gaza.