Em um alarmante aumento, o desemprego em Portugal registou uma escalada de 6% em março, comparado ao mesmo mês do ano anterior, revelam dados do Instituto de Emprego e Formação Português (IEFP). Este novo total, que ascende a 324.616 desempregados, ultrapassa até mesmo os índices observados durante os períodos mais críticos da pandemia, marcando um recorde preocupante para a economia portuguesa.
Particularmente afetada, a região do Algarve apresenta o cenário mais grave, com um aumento de 14,4% no número de desempregados em relação ao ano anterior. Curiosamente, esta mesma região registou a maior queda de desemprego comparado ao mês anterior, com uma diminuição de 18,5%, uma volatilidade que reflete as incertezas do mercado de trabalho local.
O impacto foi severamente sentido no setor das atividades imobiliárias, onde mais 9,6 mil pessoas foram registradas como desempregadas nos centros do IEFP. Não muito distante, o setor de alojamento e restauração também sofreu um duro golpe, com um aumento de 3,2 mil novos desempregados.
A situação é ainda agravada pela falta de novas oportunidades de emprego. No primeiro trimestre deste ano, o número de ofertas de emprego desceu para 12,1 mil, uma queda de 27% face ao período homólogo do ano anterior. Esta escassez de ofertas de emprego sublinha a preocupação crescente com a estagnação do mercado de trabalho e a necessidade urgente de intervenções para revitalizar a economia e combater o desemprego em Portugal.