O Santander Portugal registou um aumento significativo no seu lucro, que ascendeu a 294,4 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, representando um crescimento de 58,4% comparativamente ao mesmo período do ano passado. Segundo o banco, este resultado deve-se, em grande parte, à evolução das taxas de juro de mercado que impulsionou a margem financeira.
A margem financeira do banco cresceu 64,6%, alcançando 440,6 milhões de euros, devido principalmente ao aumento das taxas de juro, conforme explicou a instituição. Este incremento reflete os ajustes na remuneração da base de depósitos e as expectativas de um novo ciclo monetário que poderá ser iniciado pelo Banco Central Europeu nos próximos trimestres.
O presidente executivo, Pedro Castro e Almeida, destacou a sólida qualidade da carteira de crédito e a adequada geração de capital durante este período. Apesar dos bons resultados, Castro e Almeida reconheceu que o contexto atual é de “incerteza constante e mudança acelerada”, enfatizando a importância de continuar a investir em inovação, tecnologia, simplificação e talento.
Os custos operacionais do banco mantiveram-se estáveis (+1,1%) apesar da inflação, particularmente nos serviços, continuar elevada. O rácio de eficiência melhorou significativamente, situando-se agora nos 22,7%.
Em termos de crédito, houve um crescimento notável no segmento empresarial, com um aumento de 25,3% para 22,2 mil milhões de euros. No entanto, o crédito hipotecário e ao consumo apresentou uma ligeira queda. O total de crédito concedido pelo banco foi de 46,6 mil milhões de euros, um crescimento de 9,6% face a março de 2023.
Os recursos de clientes diminuíram 2,3%, para 43,8 mil milhões de euros, com uma queda nos depósitos e um aumento nos recursos mobilizados para instrumentos financeiros fora de balanço.
O rácio de capital CET1 do banco também mostrou uma melhoria, fixando-se em 13,6%, um incremento de 0,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Este desempenho financeiro reflete a capacidade do Santander Portugal de se adaptar e responder às dinâmicas de um mercado financeiro em constante evolução, reforçando a sua posição como um dos principais bancos a operar no país.