A Comissão de Orçamento e Finanças aprovou a audição urgente de Fernando Medina, ex-ministro das Finanças e atual deputado do Partido Socialista, marcada pelo CDS-PP devido a preocupações sobre a “redução artificial” da dívida pública em 2023. Este pedido surge após alertas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que classificou a diminuição do rácio da dívida pública para 99,1% do PIB como uma manobra enganosa, alegadamente sustentada por fundos destinados a pensões.
A decisão da comissão parlamentar recebeu unanimidade entre os grupos presentes, indicando um consenso sobre a necessidade de esclarecimentos acerca das estratégias financeiras adotadas pelo anterior governo. Paulo Núncio, líder do CDS-PP, criticou fortemente as ações do governo de António Costa, acusando-o de manipular estatisticamente a economia nacional à custa de recursos destinados à Segurança Social e à Caixa Geral de Aposentações.
Este caso realça uma vez mais as complexidades e controvérsias envolventes na gestão das finanças públicas e o papel crucial da transparência e da fiscalização parlamentar em tais processos. A audição de Medina é aguardada com expectativa, dado que poderá lançar luz sobre as práticas financeiras do governo anterior e os seus impactos a longo prazo na economia portuguesa.