André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, lançou críticas contundentes à gestão de Pinto da Costa, atual presidente do clube, em uma entrevista à SIC Notícias. Villas-Boas apontou que o clube está refém de João Rafael Koehler e de uma série de investidores que têm financiado o clube, o que segundo ele, compromete a independência e saúde financeira do FC Porto.
Durante a entrevista, Villas-Boas expressou sua preocupação com as condições de financiamento a que o clube tem estado sujeito, especialmente com taxas de juro elevadas que, segundo ele, poderiam ser mais vantajosas se o clube buscasse outras condições no mercado. “Quando o FC Porto se vincula desta forma a uma pessoa sem ir a mercado procurar outras condições, é grave porque há melhores condições”, afirmou Villas-Boas, referindo-se às taxas de mais de 10% que seriam cobradas pelo fundo associado a Koehler.
O ex-treinador também criticou a falta de transparência e a dependência financeira do clube em relação a estes investidores. Segundo ele, essa situação tem levado o clube a antecipar receitas de forma recorrente para conseguir pagar salários e fornecedores, o que compromete o futuro financeiro do clube.
Villas-Boas prometeu que, se eleito, vai reavaliar todos os contratos e buscar melhores condições para o clube. Ele também mencionou a possibilidade de rescindir com a Ithaka, questionando o valor de 65 milhões de euros pelo direito comercial de 25 anos, o qual ele considera subvalorizado. “A FC Porto Comercial é das poucas empresas que dá lucro e normalmente perto dos 40M€. Acho que a margem seria muito melhor do que 65M a 25 anos”, disse.
Além disso, Villas-Boas falou sobre a necessidade de aumentar as receitas e ser implacável com práticas de gestão que tenham prejudicado o clube, incluindo o uso abusivo de despesas de representação e salários excessivos.
Esta entrevista destaca as preocupações de Villas-Boas com a gestão atual do FC Porto e suas propostas para mudanças significativas na direção do clube, buscando uma gestão mais transparente e financeiramente sustentável.