Donald Trump, numa jogada ousada e imprevisível, recorreu à sua plataforma ‘Truth Social’ para fazer uma declaração contundente: “Não vai haver terceiro debate”. Esta afirmação surge após dois encontros frontais, um com o ex-presidente Joe Biden, que abandonou a corrida, e outro com Kamala Harris, candidata democrata à presidência dos Estados Unidos. Trump, conhecido pelo seu estilo de confronto direto, agora recusa qualquer novo debate com Harris, apesar do desejo da candidata democrata por mais embates televisivos.
Um Debate Explosivo e um Resultado Controverso
A decisão de Trump parece ter sido alimentada pelas opiniões que circularam após o último debate, onde vários doadores republicanos e conselheiros confidenciaram à Reuters que Kamala Harris saiu vitoriosa. Segundo os analistas, Trump falhou ao não manter o foco na sua mensagem principal, dando a Harris o espaço necessário para dominar o palco.
As sondagens reforçam esta perceção: 53% dos inquiridos pela Reuters/Ipsos consideraram Kamala Harris vencedora do debate, enquanto apenas 24% viram Trump como o triunfante. O confronto atraiu a atenção de milhões de americanos, com uma audiência massiva de 67,1 milhões de telespectadores, de acordo com a Nielsen.
A Estratégia de Trump: Evitar Novos Embates ou Reforçar a Sua Posição?
A recusa de Trump em participar num terceiro debate levanta várias questões sobre a sua estratégia de campanha. Estará a tentar evitar uma nova derrota mediática, como sugerem os seus conselheiros? Ou será este um movimento calculado para solidificar a sua base de apoio, que muitas vezes vê as recusas de Trump como sinais de força e firmeza?
O cenário político norte-americano está fervilhante, com os eleitores divididos sobre a necessidade de mais debates. Enquanto 54% consideram que o único debate entre Trump e Harris foi suficiente, 46% defendem um segundo embate.
Com Trump fora do ringue, será que Kamala Harris continuará a pressionar para um novo confronto, ou esta será uma vitória simbólica que a catapulta para o coração dos eleitores indecisos? Uma coisa é certa: o caminho para a Casa Branca está longe de ser previsível e cada movimento, ou falta dele, terá um impacto crucial nas eleições de novembro.