Um alarmante relatório divulgado pelo Correio da Manhã revela uma realidade sombria sobre a situação dos pensionistas em Portugal. Segundo o Relatório da Conta da Segurança Social de 2022, mais de dois milhões de pensionistas estão mergulhados numa crise financeira, com 1,3 milhões deles recebendo menos de 591 euros mensais, valor considerado abaixo do limiar de pobreza.
A situação agrava-se ainda mais ao descobrir-se que cerca de 273 mil reformados subsistem com menos de 278,05 euros por mês, o equivalente à pensão mínima no país. Estes números não apenas destacam uma crise de pobreza entre os mais velhos, mas também expõem a crescente dependência dos complementos estatais, sem os quais o nível de pobreza entre os pensionistas seria significativamente mais elevado.
O relatório detalha um aumento no número de pensionistas que recebem esses complementos, refletindo um crescente número de idosos cujas pensões não alcançam o mínimo legalmente estabelecido. A maior parte dos pensionistas, dois em cada três, vivem com uma reforma de apenas 443,20 euros ou menos por mês, enquanto pouco mais de 300 mil estão no escalão de renda seguinte, que varia de 443,21 a 664,79 euros.
Apenas uma pequena fração dos pensionistas, cerca de 374 mil, recebem mais de 664,80 euros, evidenciando uma disparidade preocupante na distribuição de renda entre a população idosa em Portugal.
Estes dados são um grito de alerta para a necessidade urgente de reformas nas políticas de segurança social e aposentadoria, visando garantir uma vida digna para os idosos, que enfrentam não apenas desafios financeiros, mas também o aumento dos custos de vida e despesas médicas. A situação dos pensionistas em Portugal é um claro indicativo de que é necessária uma ação imediata para combater a pobreza na terceira idade e garantir que os benefícios da segurança social alcançam aqueles que mais precisam.