Os custos das empresas portuguesas com salários e outros encargos dispararam no segundo trimestre de 2023, ultrapassando a média da União Europeia e da Zona Euro, de acordo com dados divulgados pelo Eurostat. Entre abril e junho, os custos laborais em Portugal registaram um aumento significativo de 7,2%, tanto em salários como em impostos e contribuições sociais, destacando-se acima da média comunitária.
Portugal Acima da Média Europeia em Custos Laborais
Na União Europeia, os custos do trabalho por hora subiram 5,2%, enquanto na Zona Euro o aumento foi de 4,7%, ambos inferiores aos 7,2% observados em Portugal. No detalhe, os custos salariais cresceram 7,2% no país, comparado com uma média de 5,1% na UE e 4,5% na Zona Euro. Também nos outros custos, como contribuições sociais e impostos, Portugal registou um aumento de 7,1%, superando a média europeia.
Cenário Internacional: Croácia e Bulgária no Topo, Bélgica e Suécia com Menores Aumentos
Apesar do crescimento expressivo em Portugal, o país ficou longe de liderar a tabela das maiores subidas. Na Croácia, os custos salariais saltaram 17,6%, seguidos pela Bulgária com 15,5% e pela Roménia com 15%. Em contraste, países como a Bélgica (2,5%), Finlândia (2,9%) e Suécia (3,3%) registaram os menores aumentos, reforçando o cenário de disparidade dentro do bloco europeu.
Previsões para 2025: Salários e Custos das Empresas em Desaceleração
Estudos apontam para um possível abrandamento no crescimento dos salários em 2025, o que poderá aliviar a pressão sobre os custos das empresas. No entanto, o ritmo atual coloca em evidência os desafios que as empresas portuguesas enfrentam para equilibrar os aumentos salariais e os encargos fiscais com a necessidade de manter a competitividade no mercado europeu.