A recente operação policial denominada ‘Bilhete Dourado’, desencadeada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) com o apoio da Unidade Especial de Polícia (UEP), abalou as estruturas do FC Porto e da sua claque, os Super Dragões. A operação, que ocorreu no domingo, foi dirigida pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto e visou desmantelar um esquema criminoso de distribuição e venda de bilhetes falsos ou irregulares para jogos de futebol.
Durante a operação, foram realizadas 14 buscas domiciliárias e quatro não domiciliárias nas áreas do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, resultando na constituição de 13 arguidos, incluindo oito homens e cinco mulheres. Os crimes investigados incluem a distribuição e venda irregular de títulos de ingresso e abuso de confiança qualificado.
A ‘Operação Bilhete Dourado’ resultou na apreensão de cerca de 3.000 ingressos, 44.400 euros em numerário, diversa documentação relacionada com os ilícitos, material informático e de telecomunicações, e um artefacto pirotécnico. Este esquema envolvia funcionários do clube e membros dos Super Dragões, que adquiriam bilhetes para depois serem vendidos no mercado negro.
Este caso surge na sequência da ‘Operação Pretoriano’, que já havia levantado suspeitas sobre práticas ilícitas relacionadas com a bilhética do FC Porto. O MP suspeita de conluio entre funcionários do clube, uma empresa associada e membros da claque, configurando um cenário de corrupção e manipulação que mancha a reputação do clube e do futebol português.
A investigação continua em curso, com as autoridades a recolher mais provas dos crimes alegados, enquanto o mundo do futebol aguarda as repercussões deste grande escândalo que promete ter implicações profundas para todos os envolvidos.