Durante o encerramento da Universidade Europa, Luís Montenegro, Primeiro-Ministro e presidente do PSD, confrontou diretamente os líderes do PS e do Chega, instigando-os a assumirem publicamente se pretendem formar um “governo alternativo” e legislar em conjunto. “Se acontecer o que parece ser um sinal da primeira semana, e a ideia do PS e do Chega é simularem uma oposição ao Governo fazendo um governo alternativo, então vão ter de assumir isso olhos nos olhos dos portugueses”, desafiou Montenegro.
Este desafio surge após uma semana em que propostas do PS, BE e PCP sobre o IRS foram aprovadas na generalidade, enquanto a proposta do Governo foi encaminhada à especialidade sem votação, juntamente com as do Chega e IL. Montenegro expressou frustração com a falta de clareza das intenções políticas dos seus adversários, especialmente em relação a alianças no Parlamento.
“Eu fui fustigado na última campanha para dizer qual a política de alianças que tinha para Portugal e cumpri, nunca ouvi os líderes do PS e do Chega dizerem que iam legislar em conjunto na Assembleia da República, aproveitem esta campanha para deixar isso bem claro”, afirmou.
Além disso, Montenegro focou na campanha para o próximo Parlamento Europeu, enfatizando a importância de uma visão coerente e desassociada de “causas específicas”, alertando que a AD não ignorará a realidade política atual. “Se o PS e o Chega quiserem governar em vez do Governo então têm se de juntar a sério, e é isso que têm de dizer ao país”, sublinhou, marcando uma posição firme contra a formação de um governo alternativo sem transparência.
Em outro evento em Esposende, Montenegro destacou a necessidade de desburocratizar e agilizar processos em Portugal, prometendo mais fiscalização e menos carga burocrática. “Vamos ter de confiar mais uns nos outros e temos também de responsabilizar mais quando se confia (…). É necessário agilizar processos para decidir mais rapidamente”, explicou o Primeiro-Ministro, sublinhando a importância de uma administração eficiente e responsável.
Montenegro concluiu reiterando que o atual Governo está comprometido com uma “agenda de transformação do país”, focada em melhorar o bem-estar nacional e manter os jovens talentos em Portugal, evitando a emigração.