Numa vibrante sessão de encerramento da Universidade Europa, na Curia (Aveiro), Sebastião Bugalho, jornalista e comentador televisivo, agora cabeça de lista da AD para as eleições europeias de 09 de junho, enfrentou críticas sobre sua idade e experiência, declarando com convicção: “Eu sou um homem crescido a concorrer contra uma criança de seis anos”. Bugalho, com apenas 28 anos, comparou-se positivamente com o primeiro-ministro francês de 34 anos, realçando que sua candidatura é um compromisso com o futuro e não um fim de carreira.
Bugalho lembrou figuras influentes do PSD como Cavaco Silva, Durão Barroso, Carlos Moedas, e Jorge Moreira da Silva, todos exemplos de como a política europeia foi essencial nas suas trajetórias de sucesso. Citando Cavaco Silva, um “jovem algarvio” que se tornou primeiro-ministro e Presidente da República, Bugalho destacou a Europa como um palco onde sonhos se realizam e lideranças se afirmam.
Ainda no seu discurso, Bugalho enfatizou que a AD não vê a Europa como um trampolim pessoal ou um caixa multibanco, mas como uma comunidade séria e comprometida com desafios globais, ao contrário de algumas figuras políticas que ele criticou indiretamente, referindo-se a Mário Centeno e António Costa sem citar nomes. “Nós não começamos nossa jornada de braço-dado com os senhores do Syriza para a acabarmos em festa com o senhor Orbán”, disparou, evidenciando uma política de valores e princípios consistentes.
Bugalho defendeu uma Europa que coopera e integra, especialmente em tempos de novos conflitos globais. “Para ganhar relevância – seja na Defesa, seja na Inovação – a Europa tem de ganhar escala. E isso não é possível com uma visão de ‘cada um por si’”, afirmou, promovendo uma visão de unidade e força coletiva.
O jovem candidato ressaltou ainda a importância de preparar a Europa para o futuro, enfatizando a necessidade de fortalecer a União Bancária, o Mercado de Capitais e a União Energética para proteger a economia social de mercado da Europa.
Luís Montenegro, presidente do PSD, e Nuno Melo, presidente do CDS-PP, também apoiaram firmemente Bugalho, elogiando sua juventude, arrojo e mérito. “Desde que aceitou encabeçar a lista da AD, passou a ser um dos mais atacados. É o melhor dos sinais, estes ataques acontecem porque Sebastião Bugalho é temido”, afirmou Melo, indicando que a forte oposição reflete a força da candidatura de Bugalho.