À medida que as eleições para a direção do FC Porto se aproximam, João Rafael Koehler, candidato a vice-presidente para o pelouro financeiro na lista de Jorge Nuno Pinto da Costa, apresenta um plano ambicioso para enfrentar os desafios financeiros do clube. Herdando o cargo antes ocupado por Fernando Gomes, Koehler admite que, apesar de não considerar a situação financeira do clube como “muito grave”, reconhece uma “crise de tesouraria muito grave” que necessita de ações imediatas.
Koehler, que propõe José Fernando Figueiredo como CFO da SAD, traz à mesa um ‘road book’ estratégico para revitalizar as finanças do clube. A estratégia bifurca-se em cortes significativos nas despesas, incluindo uma redução drástica dos prémios da administração, e um robusto incremento nas receitas, onde vê “uma margem de progressão muito grande”.
Entre as iniciativas para aumentar as receitas, Koehler destaca a colaboração com o grupo Legend, uma empresa internacional especializada em maximizar receitas para clubes de futebol. Adicionalmente, ele introduziu o Cartão FC Porto Loyalty – Banco Digital, que expandirá conforme as parcerias estratégicas do clube.
Além disso, Koehler critica duramente a lista concorrente, liderada por André Villas-Boas, acusando-a de amadorismo e falta de conhecimento financeiro. Ele sugere que o FC Porto deve “internacionalizar” a sua marca, possivelmente através da aquisição de equipas menores em regiões estratégicas, embora os detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados.
Outro ponto de controvérsia na gestão proposta por Koehler é o futuro do Porto Canal. Ele questiona a viabilidade de continuar financiando o canal de televisão do clube, alegando que “não temos de ter um canal de televisão para fazer política”.
Koehler também responde diretamente a André Villas-Boas sobre as condições de empréstimo que o rival propõe, desafiando-o a trabalhar juntos para beneficiar o clube, caso suas afirmações sobre conseguir empréstimos a taxas favoráveis se provem verdadeiras.
Este anúncio promete agitar não só a política interna do FC Porto mas também oferece uma visão de uma gestão financeira mais rigorosa e estratégica, visando tirar um dos maiores clubes de Portugal de uma crise de tesouraria que ameaça sua estabilidade economica.