Em um movimento surpreendente que sacudiu as estruturas internas do PSD, Miguel Albuquerque, presidente do Conselho Nacional do partido, declarou guerra contra a lista de candidatos apresentada pela coligação AD para o Parlamento Europeu. Em uma declaração bombástica à entrada do Conselho Nacional em Lisboa, Albuquerque anunciou que votará contra a lista devido à posição “não elegível” atribuída à candidata madeirense, Rubina Leal.
Albuquerque, visivelmente frustrado, criticou duramente a estratégia da direção do partido, classificando a decisão como um “erro estratégico”. Segundo informações a que a agência Lusa teve acesso, Rubina Leal, atual deputada na Assembleia Legislativa da Madeira, foi relegada ao nono lugar na lista da AD, uma posição que Albuquerque acredita ser praticamente impossível de resultar em uma eleição, considerando que nas últimas eleições europeias, em 2019, o PSD elegeu apenas seis deputados.
Este posicionamento de Leal, segundo o líder do Conselho Nacional, não só ameaça a eficácia eleitoral da coligação mas também sublinha um possível descuido ou desvalorização da representação da Madeira, aumentando as tensões dentro do partido e colocando em xeque a união e a força da candidatura da AD nas iminentes eleições europeias. A posição de Albuquerque promete inflamar debates acalorados dentro do PSD e potencialmente afetar a imagem e coesão da coligação AD no cenário político europeu.