Desde a sua audaciosa entrada nas águas namibianas em 2012, a Galp tem estado no centro de uma jornada emocionante que promete transformar a empresa portuguesa numa potência petrolífera. Após uma década de explorações e investimentos estratégicos, a empresa revela agora uma expectativa de extração de mais de 10 mil milhões de barris de petróleo, um verdadeiro tesouro submerso que poderá redefinir o futuro energético da companhia.
A história começou quando a Galp assinou um acordo para adquirir 14% em três licenças de exploração na bacia de Walvis (PEL 23) e na bacia de Orange (PEL 24 e PEL 28), agora conhecida como PEL 83. Naquela época, as previsões já eram promissoras, com um potencial estimado em oito mil milhões de barris e uma probabilidade de sucesso entre 20% e 30%.
Os anos seguintes foram marcados por avanços significativos e um aprofundamento das investigações, que confirmaram a presença de petróleo, embora a sua viabilidade comercial ainda estivesse em avaliação. Em 2016, a Galp solidificou sua posição ao liderar um consórcio para explorar a PEL 83, cobrindo uma vasta área que prometia grandes recompensas.
O momento decisivo veio com a descoberta de um “sistema petrolífero funcional” por concorrentes na região em 2021, impulsionando as esperanças de que a PEL 83 poderia ser um campo de ouro negro. Em 2024, testes confirmaram a presença de petróleo leve, com estimativas de que os poços poderiam render mais de 10 mil milhões de barris, valor que superou as expectativas iniciais.
Agora, à beira de uma transformação monumental, a Galp considera vender 40% de sua participação de 80% no projeto, uma jogada estratégica revelada pelo CEO Filipe Silva durante uma conferência com analistas. A decisão de vender parte da participação visa acelerar a exploração e desenvolvimento do campo, maximizando o retorno para os acionistas em um movimento que poderia marcar uma nova era para a empresa portuguesa.
A jornada da Galp na Namíbia destaca não só o imenso potencial de recursos naturais da região, mas também os desafios e oportunidades que acompanham grandes empreendimentos de exploração petrolífera em novas fronteiras geográficas. Com esta revelação, a Galp não só se posiciona como uma líder emergente no setor energético global, mas também como guardiã de um dos maiores tesouros submersos do século.