O FC Porto vive um dos momentos mais sombrios da sua história recente, encontrando-se a 18 pontos da liderança, uma desvantagem que, de forma irrevogável, os afasta da luta pelo título da Primeira Liga nesta temporada. Esta situação marca um ponto de inflexão histórico para os dragões, que sob a égide de Pinto da Costa por 42 anos, nunca haviam sido excluídos da disputa pelo título tão prematuramente, a cinco jornadas do fim. Este registo sombrio supera a anterior marca negativa da temporada 2013/2014, quando a equipa se viu fora da corrida a quatro jornadas do fim, época em que o Benfica se sagrou campeão sob a liderança de Jorge Jesus.
A situação atual não encontra paralelo na longa gestão de Pinto da Costa, com exceção talvez da época 1972/1973, quando os azuis e brancos, ainda antes do golpe de 25 de abril de 1974, foram matematicamente afastados do título a oito jornadas do fim, terminando a 21 pontos de distância na quarta posição. Este ano, além do desafio de não terminar o campeonato numa posição ainda mais desfavorável, o FC Porto enfrenta a ameaça real de cair para o quarto lugar, estando atualmente empatado em pontos com o SC Braga e com um confronto direto na última jornada que poderá ser decisivo para as aspirações europeias de ambas as equipas.
Este cenário preocupante traz à tona questões sobre a gestão e a direção futura do clube, num momento em que os adeptos esperam ansiosamente por respostas e uma reviravolta que possa recolocar o FC Porto no caminho das vitórias e do sucesso que, durante décadas sob a liderança de Pinto da Costa, se tornou a norma e não a exceção.