O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, manifestou estar de “consciência tranquila” em relação às buscas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) na autarquia, nesta quarta-feira. As investigações focam-se em suspeitas de irregularidades relacionadas com a aquisição e produção de máscaras durante a pandemia de covid-19.
Carreiras, em declarações aos jornalistas, assegurou que não foram cometidas ilegalidades e que a autarquia está a colaborar plenamente com as autoridades. Confirmou ainda que o seu telemóvel foi requisitado pela PJ, mas já lhe foi devolvido, enquanto as buscas informáticas prosseguem na sede da câmara e em outros três locais.
Estas alegadas irregularidades foram mencionadas num relatório do Tribunal de Contas sobre contratos públicos durante a pandemia. Embora a Câmara de Cascais tenha contestado as conclusões do tribunal, já era do conhecimento da autarquia que parte da informação seria encaminhada para o Ministério Público. “Não estou surpreendido, apenas desconhecia o dia em que as buscas ocorreriam”, declarou Carreiras.
Quando questionado sobre o envolvimento de Miguel Pinto Luz, ex-vice-presidente da câmara e atual ministro, no processo de compra e fabrico das máscaras, Carreiras negou qualquer participação de Pinto Luz, assumindo toda a responsabilidade.