Numa reviravolta chocante, as forças militares de Israel confessaram um erro gravíssimo que resultou na morte trágica de sete trabalhadores humanitários em Gaza, após um inquérito revelar falhas sérias e violações de procedimentos. A operação militar, que envolveu ataques de drones a três veículos da organização World Central Kitchen, foi marcada por erros críticos, com as forças israelitas a confundirem os auxiliadores com combatentes do Hamas.
Este incidente, ocorrido na calada da noite de segunda-feira, desencadeou uma onda de indignação global, sobretudo porque entre as vítimas contavam-se cidadãos do Reino Unido, Austrália, Polónia, um nacional duplo dos EUA e Canadá, e um colega palestiniano. A resposta internacional a este trágico erro foi rápida, com o Presidente dos EUA, Joe Biden, a pressionar o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por uma mudança na política dos EUA em relação a Israel, exigindo uma redução do dano a civis em Gaza. A região, já dependente de ajuda humanitária antes do conflito, viu a fome agravar-se desde o início dos combates há seis meses.
Face à divulgação destes resultados, a World Central Kitchen exigiu a criação de uma comissão independente para investigar o incidente, sublinhando que sem mudanças sistémicas, falhas militares semelhantes continuarão a ocorrer, resultando em mais pedidos de desculpa e famílias enlutadas. A investigação rápida por parte do exército sobre a morte dos colaboradores da WCK sublinha o impacto profundo que o incidente teve na opinião pública mundial.
Jose Andres, o chef que fundou a World Central Kitchen, destacou esta semana que os trabalhadores foram alvo de ataques “sistemáticos, carro a carro”, enquanto procuravam abrigo, com os seus veículos a serem atingidos sucessivamente. Este trágico acontecimento coloca em evidência a necessidade urgente de revisão e melhoria dos procedimentos militares para evitar a perda de vidas inocentes no futuro.